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Apagão global cibernético afetou 8,5 milhões de aparelhos com o Windows, diz a Microsoft

Instrumento de segurança da empresa americana CrowdStrike afetou o funcionamento de clientes que usam o sistema operacional Windows em computadores. Omissão não afetou usuários domésticos, mas é preciso estar alerta contra eventuais golpes. Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético?
A pane cibernética que prejudicou o funcionamento de sistemas ao volta do mundo na sexta-feira (19) atingiu 8,5 milhões de aparelhos da Microsoft, informou a empresa neste sábado (20).
A irregularidade em um dos sistemas de segurança da empresa norte-americana CrowdStrike tirou computadores do ar e causou demorado de voos, prejudicou serviços bancários e de informação ao volta do mundo.
Uma instrumento chamada Falcon, que serve para detectar possíveis invasões hacker, teve um problema na atualização (update) de software. A Microsoft é uma das clientes da CrowdStrike.
“Atualmente estimamos que a atualização da CrowdStrike afetou 8,5 milhões de dispositivos Windows, ou menos de 1% de todas as máquinas com Windows”, disse a Microsoft em nota.
A empresa disse ainda que a CrowdStrike ajudou a desenvolver uma solução escalável que ajudará a infraestrutura Azure a aligeirar uma correção. E diz também que trabalhou em parceria com a Amazon Web Services e a Google Cloud Platform para colaborar nas “abordagens mais eficazes”.
‘Tela azul’ afetou empresas
A irregularidade desta sexta-feira afetou unicamente empresas e não trouxe impacto para os dispositivos de usuários domésticos.
Isso acontece porque o Falcon, plataforma de cibersegurança da empresa americana CrowdStrike que causou falhas em seguida uma atualização, é oferecido exclusivamente para o envolvente corporativo.
A CrowdStrike diz em seu site que mais de 29 milénio clientes usam seus serviços de cibersegurança, incluindo empresas dos setores de varejo, saúde, serviços financeiros.
Aeroporto de Atlanta neste sábado (20), um dia em seguida pane cibernética global
Megan Varner/Getty Images via AFP
O Falcon inspeciona quase tudo que acontece no computador em que está instalado, mas, nesta atualização, passou a agir de forma destrutiva sobre Windows, explicou Thiago Ayub, diretor de tecnologia da empresa de telecomunicações Sage Networks.
“Uma vez que a irregularidade é causada unicamente num resultado corporativo, usuários de empresas que não são clientes do resultado em questão e usuários domésticos não precisam se preocupar nem tomar providências”, afirmou.
O que poderia ter sido feito?
Para evitar o incidente, seria necessário ter tomado um zelo maior com a liberação da novidade versão da instrumento, explicou Kleber Carriello, engenheiro de computação da empresa de soluções de rede Netscout.
“Softwares porquê leste da CrowdStrike recebem atualizações em tempo real, pois a natureza deles é estar primeiro do atacante. Porém, estas atualizações de versão deveriam seguir critérios rígidos de estudo”, afirmou.
A empresa deveria ter realizado testes mais intensivos em ambientes que simulem cenários reais antes de liberar a atualização, disse o presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética, Hiago Kin.
“Essa situação destaca a preço de processos rigorosos de testes e validação em atualizações de software, mormente em produtos de segurança cibernética com vasto uso global”, avaliou.
Os setores de tecnologia da informação de empresas devem desabilitar atualizações automáticas de componentes complexos em sistemas críticos, analisou Gaidar Magdanurov, presidente da empresa de cibersegurança Acronis.
“Ou por outra, problemas dessa magnitude podem ser atenuados pelas empresas ao prometer que uma solução e estatégias robusta de backup e recuperação seja empregada e testada regularmente”.
Entenda o que provocou apagão cibernético que afetou o mundo
Existe risco para usuários domésticos?
Apesar de não afetar diretamente usuários domésticos, é preciso estar alerta contra eventuais tentativas de golpes que usem a pane da CrowdStrike porquê gancho.
Cibercriminosos costumam aproveitar casos de grande repercussão para gerar sites falsos e disparar mensagens com instruções enganosas que induzem as vítimas a instalarem arquivos mal-intencionados, diz Ayub.
“Não há uma ação generalizada que usuários domésticos e empresas que não são clientes desse resultado devam tomar”, disse o executivo.
“Qualquer orientação nesse sentido deve ser observada porquê suspeita de se tratar de um golpe.”
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