Mais de 50 trabalhadores demitidos e queda nas vendas: entenda uma vez que mudanças no mercado de veículos impactam a GM
Empresa do setor automobilístico oficializou a deposição de mais de 50 funcionários nesta segunda-feira (6). Traço de montagem da S10 e da Trailblazer em São José dos Campos
GM/Divulgação
Mais de 50 funcionários demitidos pela General Motors (GM) por telegrama na última sexta-feira (3), em São José dos Campos (SP), tiveram a rescisão de contrato oficializada na manhã desta segunda-feira (6).
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A empresa do setor automobilístico confirma as demissões, alegando premência de readequação do quadro, mas não informou o número de trabalhadores demitidos.
De concórdia o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, porém, 55 pessoas foram atingidas pelo golpe. Elas fazem secção de um grupo que não aderiu ao Programa de Destituição Voluntária (PDV) no ano pretérito.
GM demite por telegrama trabalhadores da fábrica no interno de São Paulo.
Registro pessoal
Na ocasião, em dezembro de 2023, o programa foi acessível depois a Justiça do Trabalho ordenar o cancelamento de 1,2 milénio demissões nas fábricas de São José dos Campos, São Caetano e Mogi das Cruzes.
“Eram muro de 140 (funcionários) em licença remunerada. A firmeza encerrou no dia 3 de maio. Alguns trabalhadores foram chamados de volta ao trabalho e algumas dezenas estão afastados pelo INSS”, explica o presidente do sindicato, Weller Gonçalves.
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Mudanças no mercado e queda nas vendas
Um dos principais motivos das crises recentes na General Motors em São José dos Campos é a queda das vendas de carros. A unidade localizada na cidade do Vale do Paraíba conta com muro 4 milénio trabalhadores e produz dois modelos: S10 e Trailblazer.
De concórdia com números da Federação Vernáculo da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a venda desses dois carros teve uma queda significativa nos dois últimos anos.
Foram pouco mais de 27.123 unidades de S10 vendidas em 2022, contra 25.965 no ano pretérito – subtracção de 4%.
General Motors, em São José dos Campos
Reprodução/TV Vanguarda
Em relação ao protótipo Trailblazer, a queda é muito maior. Foram vendidas 3.207 unidades em 2022, contra 1.659 em 2023 – subtracção de 48%.
Também houve registro de queda nos quatro primeiros meses desse ano em verificação com o mesmo período do ano pretérito – subtracção de 12% na venda de S10 e 27% na venda da Trailblazer:
S10
Janeiro – abril de 2023: 9.004
Janeiro – abril de 2024: 7.852
Trailblazer
Janeiro – abril de 2023: 592
Janeiro – abril de 2024: 428
GM demite, por telegrama, funcionários que estavam de licença remunerada
Para especialistas do mercado financeiro do país, a queda das vendas é uma consequência das mudanças no mercado de automóveis, principalmente por culpa da tendência de consumo de veículos elétricos.
“Cada vez mais os governos vão incentivar a produção de carros mais limpos. Os carros mais caros, uma vez que a S10 e a Trailblazer, que são para classe média subida, acabam sendo disputados com o setor dos elétricos”, explica o economista Alexandre Jorge Chaia.
Ainda de concórdia com o economista, apesar das consequências da renovação dos meios de produção, o setor automobilístico deve ter, de um modo universal, bons resultados pelo menos pelos próximos dois anos.
“O que acontece com o Brasil é que a renda média tem desenvolvido, mas a taxa de juros, que é o mecanismo de financiamento, tem tombado de alguma forma. Portanto isso vai ultimar incentivando a indústria automobilística e a indústria de bens mais caros, de maior valor associado. Essas indústrias vão crescer nos próximos anos”, diz Chaia.
No primórdio do ano, a GM anunciou um investimento de R$ 7 bilhões no Brasil até 2028, com desenvolvimento de tecnologias inovadoras e a evolução das fábricas, mas a empresa não detalhou quais unidades vão receber esses investimentos.
GM em São José dos Campos
Reprodução/TV Vanguarda
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