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O que é deepfake e uma vez que ele é usado para distorcer verdade

Técnica usa perceptibilidade sintético (IA) e outros conteúdos verdadeiros, uma vez que foto e vídeo, para fabricar adulterações realistas. Deepfake com imagem do jogador de futebol Lionel Messi
Reprodução/EPTV
A geração de vídeos adulterados e realistas ficou muito mais simples com o chamado deepfake. Com ele, é provável colocar pessoas em situações constrangedoras ou, no mínimo, inusitadas.
Uma reportagem da BBC revelou um grupo de criminosos no Brasil que usa perceptibilidade sintético (IA) e deepfake para fabricar, sob encomenda, imagens pornô falsas envolvendo mulheres.
A investigação mostrou que as negociações para geração desses deepfakes acontecem no aplicativo de mensagens Telegram.
➡️ Mas o que o termo deepfake significa? Deepfake é uma técnica que permite mudar um vídeo ou foto com ajuda de perceptibilidade sintético (IA). Com ele, por exemplo, o rosto da pessoa que está em cena pode ser trocado pelo de outra; ou aquilo que a pessoa fala pode ser modificado.
O material falso é criado a partir de conteúdos verdadeiros da pessoa que são modificados por meio de aplicativos ou programas de edição que já existem no mercado.
Um dos usos mais preocupantes dessas ferramentas é justamente a geração de vídeos pornográficos com o rosto de outras pessoas. Em 2020, um relatório da empresa Sensity indicou que nudes falsos de mais de 100 milénio mulheres estavam sendo compartilhados na internet.
As imagens adulteradas também são usadas na política. Em 2019, a ex-presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, foi vítima de um deepfake que se baseou em um vídeo real para sugerir que a representante democrata tinha dificuldades na fala em um exposição.
O responsável do deepfake desacelerou o vídeo original e editou a fala para dar a entender que ela estava tropeçando em suas palavras. O teor com desinformação teve ampla circulação nas redes sociais e chegou a ser removido do YouTube.
Deepfake ao vivo
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Também é provável encontrar o deepfake ao vivo. Essa solução é novidade — surgiu em 2022 — e é uma evolução do “deepfake” que conhecemos hoje, explica Fernando Oliveira, técnico no tema e em perceptibilidade sintético da FaceFactory.
Em 2023, cenas da romance “Travessia” (TV Orbe) mostravam um pedófilo que se passava por uma juvenil em videochamada para enganar outra moçoila. Na trama, o criminoso tinha rosto e voz modificados por um programa de computador.
Segundo especialistas, fazer um deepfake ao vivo com a qualidade que é mostrada na romance exige um computador potente com capacidade para processar as alterações em tempo real.
Fernando afirma que seria necessário desembolsar muito quantia em equipamentos para chegar a esse nível. Mas também é provável fazê-lo com menos gastos, usando apps mais baratos, só que de qualidade muito subordinado.
“Para conseguir a qualidade que é exibida na romance, não dá para usar só software (programa ou aplicativo). É preciso programar, com algoritmos que trabalham com dados e códigos”, explica Fernando.
Esses algoritmos vão processando dados, que são a imagem e a voz de uma pessoa. Quanto mais dados, maior a eficiência de qualquer deepfake, explicam os especialistas.
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Fonte da Materia

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