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Alter do Soalho, no Pará, tem exclusivamente duas estações no ano e pode oferecer praia ou floresta alagada, a depender da quadra

Alter do Chão, no Pará, tem apenas duas estações no ano e pode oferecer praia ou floresta alagada, a depender da época

Descubra o Brasil: série mostra destinos que merecem ser mais conhecidos, mas que ainda estão no radar exclusivamente de viajantes que já buscam roteiros diferentes. Alter do Soalho, no Pará, tem praias e floresta no mesmo lugar
No oeste do Pará, a vila balneária de Alter do Soalho tem atraído visitantes nacionais e estrangeiros com águas cristalinas, areia branquinha e o verdejante da Amazônia ao volta. A vila, que ganhou até o sobrenome de Caribe Amazônico, pode ser sorte de praia ou de floresta alagada, dependendo da quadra do ano em que você a visitante.
O Descubra o Brasil apresenta destinos que já estão no radar dos viajantes que buscam roteiros diferentes, mas que merecem ser mais conhecidos.
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Alter do Soalho não fica no litoral apesar de ser mais divulgado por suas praias que se formam no rio Tapajós exclusivamente em alguns meses do ano. A vila, região de Santarém, virou um dos principais destinos turísticos paraenses.
Mas, se você chegar a Alter do Soalho na quadra da enxurrada, a vila vai ter outra faceta e a principal atração será a floresta alagada.
Para entender a mudança tão drástica na paisagem, vale lembrar que Alter do Soalho está próxima da Risco do Equador, que divide o planeta nos Hemisférios Setentrião e Sul. Por ali não há primavera nem outono. Existem exclusivamente duas estações: o inverno amazônico e o verão amazônico.
Seja inverno ou verão, a diferença na temperatura é pouca: um proporção a mais ou a menos, com médias que variam de 24ºC a 33ºC. O que muda mesmo são as chuvas e, consequentemente, o nível dos rios, que sobem ou descem muitos metros ao longo do ano.
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Praias no verão amazônico
É no verão, o período mais sedento, que o rio recua e surgem praias de areia clara e chuva esverdeada e transparente. Mas fica o lembrete: o verão amazônico não coincide com o do verão do resto do Brasil. Esse período de seca começa em junho por ali, mas é entre agosto e novembro que o turista encontra as praias em seu melhor momento.
É também nesse período que a vila é mais visitada. A dica é fazer suas reservas com antecedência, já que na subida temporada — e em feriados porquê Réveillon e Carnaval — muitos hotéis atingem sua capacidade máxima de ocupação.
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Em dezembro já começam as chuvas, mas, dependendo do ano, as praias resistem, com faixas de areia mais estreitas, até o prelúdios de março.
Ilhéu do Paixão, na seca e na enxurrada
Secretaria de Turismo do Pará
A principal atração de Alter do Soalho é a Ilhéu do Paixão. Apesar do nome, o lugar na verdade é um banco de areia que fica muito em frente à vila, entre o Lago Verdejante e o Rio Tapajós.
Com barracas de comida, cadeiras e guarda-sóis à beira-rio, os turistas aproveitam a Ilhéu do Paixão para curtir a paisagem e o sossego do lugar, com chuva na profundeza da canela.
Nos meses mais secos dá para chegar andando à chamada ilhéu, cruzando as águas a pé. No resto do ano é preciso recorrer a barquinhos chamados de catraias, que fazem a travessia em poucos minutos.
Floresta alagada
No chamado inverno amazônico, que começa em dezembro e dura até maio, os passeios são todos de navio.
Cruzando as águas do Lago Verdejante, as embarcações levam visitantes para saber a Floresta Encantada do Caranazal. É porquê fazer uma trilha pela mata, mas de dentro do navio. É uma espécie de labirinto que dá o efeito de encantamento do nome.
Desse jeito, dá para ver de perto árvores que passam seis meses do ano parcialmente debaixo d’chuva. É a oportunidade de apreciar de outro ângulo a heterogeneidade de vegetais e animais da Amazônia.
A Floresta Pátrio do Tapajós, também chamada de Flona, é outra atração imperdível. O melhor jeito de chegar ali é de navio, seja no inverno ou no verão. Por lá, há visitas a comunidades ribeirinhas e tribos indígenas, além de trilhas pela mata, observando fauna e flora.
Veja a seguir outros destaques:
A Ponta do Cururu é o lugar ideal para apreciar o pôr do sol. Barcos levam os visitantes até a tira de 1 km de areia que avança sobre o rio, só para encarar o espetáculo da natureza todo termo de tarde
.Para uma visão privilegiada e em 360º da região, vale subir até o superior do Morro da Piraoca. Uma trilha de nível fácil sai da Ilhéu do Paixão e leva até o ponto mais superior da região, de onde você consegue ver as praias, o rio Tapajós, o Lago Verdejante, a vila e outras belezas do lugar.
A culinária sítio tem sabores imperdíveis, com os peixes de rio da região, frutas e temperos típicos, porquê o tucupi.
No mês de setembro a cidade sedia a Sarau do Sairé, criada por padres jesuítas há mais de três séculos. O grande evento, que dura 3 dias, mistura rituais católicos e indígenas, música, dança e até uma disputa entre os botos Tucuxi e Cor-de-Rosa. A disputa foi introduzida em 1997 para retratar umas das mais tradicionais lendas da Amazônia.
Pertinho de Alter dá para presenciar o encontro das águas dos rios Tapajós e Amazonas, que acontece na orla de Santarém. Os dois rios correm paralelos por alguns quilômetros, sem se misturar, até que as águas mais escuras do rio Amazonas dominam o Tapajós.
Origens da cidade
Habitada originalmente pelos índios Boraris, a região de Alter do Soalho viu os primeiros portugueses chegarem ali há quase 400 anos, em 1626. Pouco mais de centena anos depois, em 1758, os europeus batizaram o lugar em homenagem a uma vila no interno de Portugal, também chamada Alter do Soalho.
Nos séculos 17 e 18, jesuítas organizaram algumas missões religiosas para catequizar o povo indígena que ali vivia. Até o século 18, os índios eram a maior segmento da população em Alter do Soalho.
Já no século 20, durante o Ciclo da Borracha que atraiu até Henry Ford para a Amazônia, Alter do Soalho foi rota para o transporte do látex que vinha de Fordlândia e Belterra — as cidades fundadas pelo empresário americano para a extração de látex das seringueiras.
Foi só a partir da dezena de 1990 que o potencial turístico deste região de Santarém passou a ser reconhecido e explorado.
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Porquê chegar
Alter do Soalho está a 37 km do núcleo de Santarém. Do aeroporto da cidade até a vila dá para chegar de táxi, ônibus ou sege em menos de uma hora. Para quem vai passar muitos dias na região, outra opção é fazer o trajeto de navio desde Belém, capital paraense, em uma viagem que leva pelo menos 24 horas, dependendo da velocidade da embarcação contratada e das condições do rio.
A vila de Alter do Soalho tem mais de 50 hotéis e pousadas, com muro de 1.500 leitos de hospedagem.
O sinal de celular das principais operadoras de telefonia é bom na região, mas pode oscilar em alguns pontos, porquê praias.
Apesar da maior segmento do negócio sítio operar com cartão, é recomendado que o turista ligeiro verba em espécie nesta viagem. A vila possui exclusivamente uma dependência do Banpará e um caixa eletrônico do Banco24Horas. Você vai encontrar agências de outros bancos exclusivamente em Santarém.

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